Café Beatnik

Ascensão

Posted in Artes Visuais, Literatura, Quadrinhos by cafebeatnik on março 21, 2023

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Alejandro Jodorowsky & José Ladrönn, Incal Final

Há uma colina em Nicósia para onde aves de todos os tipos vão em busca de alimento. É coberta de arbustos crescidos, urtiga e touceiras de urze. No meio dessa vegetação densa há um velho poço com uma polia que range ao menor movimento e um balde de metal amarrado a uma corda, puída e coberta de musgo pela falta de uso. No fundo, a escuridão é total, e o frio, congelante, mesmo quando o sol abrasador do meio dia incide diretamente lá do alto. O poço é uma boca faminta, à espera da próxima refeição. Devora cada raio de luz, cada rastro de calor, retendo cada partícula de poeira na comprida garganta de pedra.

Se um dia você estiver na área e, movido pela curiosidade ou pelo instinto, se inclinar sobre a borda e espiar lá dentro, esperando que os olhos se acostumem, talvez veja um lampejo no fundo, como o cintilar fugaz das escamas de um peixe antes de desaparecer na água. Mas não se deixe enganar. Não há peixes lá embaixo. Nem cobras. Nem escorpiões. Não há aranhas penduradas em fios de seda. O lampejo não vem de um ser vivo, mas de um antigo relógio de bolso – ouro dezoito quilates revestido de madrepérola, com os versos de um poema gravados:

Tua sina te assina esse destino,
mas não busques apressar sua viagem
(do poema Ítaca, de Konstantínos Kaváfis).

E na parte de trás, duas letras, ou, mais precisamente, a mesma letra escrita duas vezes:

Y & Y

O poço tem dez metros de profundidade e um metro e vinte de largura. É construído com silhares de suave curvatura que descem em trajetórias horizontais idênticas até as águas silenciosas e cheirando a mofo lá embaixo. Presos nu fundo estão dois homens. Os proprietários de uma popular taberna. Ambos de corpo magro e estatura mediana, com orelhas grandes e salientes, sobre as quais costumavam fazer piada. Ambos nascidos e criados naquela ilha e na casa dos quarenta anos, os dois foram sequestrados, espancados e mortos. Foram atirados no poço depois de serem acorrentados um ao outro e a uma lata de azeite de três litros cheia de concreto, para garantir que nunca mais voltariam à superfície. O relógio de bolso que um deles usava no dia do sequestro parou faltando exatamente oito minutos para a meia noite.

O tempo é um pássaro canoro e, como qualquer pássaro canoro, pode ser capturado. Pode ser mantido prisioneiro em uma gaiola por muito mais tempo do que você é capaz de imaginar. Mas o tempo não pode ser detido eternamente.

Nenhum cativeiro dura para sempre.

Um dia a água vai enferrujar o metal, as correntes vão se partir, e o rígido coração do concreto vai amolecer, como tende a acontecer até aos corações mais implacáveis com o passar dos anos. Só então os dois cadáveres, finalmente livres, vão flutuar em direção à brecha de céu lá no alto, brilhando à luz refratada do sol; vão ascender em direção ao azul idílico, primeiro devagar, depois em ritmo rápido e frenético, como apanhadores de pérolas em busca de ar.

Mais cedo ou mais tarde, aquele poço velho e em ruínas naquela linda e solitária ilha nos confins do mar Mediterrâneo vai desabar sobre si mesmo, e seu segredo virá à tona, como está fadado a acontecer a todos os segredos (SHAFAK, Elif. A Ilha das Árvores Perdidas. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2022, pp. 14-15).

(Im)percepção

Posted in Filosofia, Literatura, Quadrinhos, Quarentena by cafebeatnik on outubro 1, 2020

Nessa escuridão, pensei na chuva caindo sobre o mar. Uma chuva discreta, que caía sobre o mar vasto sem que ninguém se desse conta. As gotas se chocavam sem ruído contra a superfície da água e nem mesmo os peixes percebiam (MURAKAMI, Haruki. Sul da Fronteira, Oeste do Sol. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2020: 217).

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O Tempo carrega consigo um desmonte do passado. Entre a memória e o esquecimento, ele, o tempo, sugere a reconciliação com o que foi ou a perda do perdão?

De maneira particular, assumo, naufrago neste território. À medida que os anos escorrem, participo de uma trama de imagens que assumem diferentes posições. Às vezes blefe, outras desilusão, completo inacabamento.

E meu corpo? Ele permanece não por obediência às leis da cidade, a exemplo de Sócrates, mas por que simplesmente me retém. Qual gatilho equilibra o inconsciente sobre a incompletude da vida e o que se agarra a ela como batalha?

Há dias em que meus jogos de autorreflexão parecem voláteis, imprecisos, nuvens carregadas de tempestades ocultas. Em outros, basta um livro, uma imagem, outro crime para lamentar a presença de uma ausência e a ausência de uma presença.

Respiro sem compasso.

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Nota 01: fragmento inspirado pelo livro de Murakami, acima citado, e pelo de Paul Ricoeur – RICOEUR, Paul. A Memória, a História, o Esquecimento. São Paulo: Unicamp, 2007;

Nota 02: imagem de Dave Mckean, Destino.

01 de outubro de 2020, 203º dia de isolamento social, 09 dias antes de completar 40 anos.

05 Itens

Posted in Artes Visuais, Cinema, Literatura, Música, Quadrinhos by cafebeatnik on outubro 1, 2011

Eu sei que ando escrevendo pouco por aqui. Até tive algumas idéias de compartilhar poesia americana, a qual muito me agrada, com algumas leituras minhas; possibilidades de criar reflexões maiores (e é claro que elas serão colocadas em sua língua original). Mas isso vem depois.

Para manter a mania de listas, nada mais justo do que retomar esse “gap” com mais um post com meus reconhecíveis padrões numéricos; grupos de obras que podem virar rotas para momentos específicos de minhas investigações.

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05 Filmes: eu, ultimamente, tenho me interessado por filmes que trazem personagens vagantes, à deriva, perdidos em pensamentos, tentando achar uma faísca de vida.

01 – L’avventura, de Michelangelo Antonioni
02 – La Notte Brava, de Mario Bolognini
03 – Vaghe Stelle Dell’orsa, de Luchino Visconti
04 – Éte Violent, de Valério Zurlini
05 – Ascensor para o Cadafalso, de Louis Malle

05 Livros: a literatura americana e a latina me causam um grande fascínio. Sejam beatniks, líricos, imersos em fluxos de pensamentos ou em interlocução filosófica, a leitura de alguns desses livros me trazem experiências transformadoras.

01 – O Apanhador no Campo de Centeios, de Salinger
02 – On the Road, de Jack Kerouac
03 – Borges Oral, de Jorge Luis Borges
04 – Charles Baudelaire, um Lírico no Auge do Capitalismo, de Walter Benjamin
05 – O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar

05 Obras de Arte: tenho buscado imagens que me levam à experiência do cinema ou da fotografia.

01 – A Bigger Splash, de David Hockney
02 – Nighthawks, de Edward Hopper
03 – S/ título, de Rodrigo Freitas (Grande Prêmio Arte Pará 2010)
04 – Light Red Over Black, de Mark Rothko
05 – Anywhere is my Land, de Antonio Dias

05 Álbuns: o mote aqui é a contemplação abstrata. Jazz sempre foi meu ponto chave, mas experiências industriais também possuem um destaque muito próximo.

01 – Kind of Blue, Miles Davis
02 – Vagamente, Wanda Sá
03 – The Fragile, Nine Inch Nails
04 – Pocket Symphony, Air
05 – A Love Supreme, John Coltrane

Black Adam

Posted in Quadrinhos by cafebeatnik on junho 19, 2011

Só para constar meu interesse pelo Adão Negro, principalmente depois das maxisséries 52 e Prelúdio para Crise Final.

Dylan Dog

Posted in Cinema, Quadrinhos by cafebeatnik on maio 21, 2011

 

Dylan Dog foi uma descoberta recente muito animadora. A revista em quadrinhos, da linha Bonelli Comics, é publicada na Itália desde 1986 pela Sergio Bonelli Editore. Pena que no Brasil a publicação está meio estacionada, mas nada impede de procurar algumas edições antigas em comic shops e sebos.

Outro ponto é buscar as 06 edições lançadas pela Conrad, cujas capas reuniram desenhos especiais do Mike Mignola (Hellboy) para a série. Algumas publicações mensais, vale ressaltar, por serem mais simples e possuírem um tratamento gráfico mais barato, são ainda mais fáceis de se achar.

O Dylan Dog do título, também conhecido como o Detetive do Pesadelo, é um investigador que tem um inseparável parceiro, Groucho (este último, uma alusão a um dos personagens cinematográficos clássicos dos irmãos Marx, está sempre pronto a fazer piadinhas sobre qualquer tema, assunto ou acontecimento, de maneira espirituosa e nonsense). Juntos, eles se envolvem em casos misteriosos, muitas vezes macabros, violentos e pop, pontuados por nostalgia.

Saiu um filme baseado na série, com o Brandon Routh (ex-Superman), mas parece que foi um fiasco tanto de crítica quanto de bilheteria. Resta-nos os originais insuperáveis.

Os Sete Soldados da Vitória

Posted in Quadrinhos by cafebeatnik on março 31, 2011

Eu concordo que tenho passado um certo tempo ausente, mas acontece que senti necessidade de me ocupar com atividades que me tiraram o tempo livre. Não que eu tenha usado este tempo para mais obrigações, mas desde o término do Mestrado que preciso de um espaço voltado para o que toca outro tipo de conhecimento.

Nesse sentido, acabei por deter um tempo para revisar e ler séries de quadrinhos da DC (lembrando que Marvel já não faz parte da minha preocupação mensal), pelo simples fato de achá-las inspiradoras. Peguei o intervalo entre Contagem Regressiva para Crise Infinita até a maxissérie 52. Essa quantidade relativamente considerável de edições me ajudou numa releitura do Universo DC, sendo um grupo muito bacana para entender dois diretores específicos no então gerenciamento dos títulos pilotos do selo: Geoff Johns e Grant Morrison.

Os Sete Soldados da Vitória, prelúdio para a Crise Final e composto por oito volumes no Brasil, faz uso da complexidade narrativa de Morrison. Por exemplo, as séries Os Invisíveis e Batman R.I.P. me são pontos de virada na carreira deste. Nesse caso específico dos 7 Soldados, Morrison emprega sua interdisciplinaridade pop, estabelece as micro narrativas dos personagens que compõem o grupo do título geral da história: Zatanna, o Guardião, Klarion (meu favorito), Projétil, Cavaleiro Andante, Senhor Milagre e Frankenstein.

É de um formato Vertigo total, digamos, muito próximo do clima das publicações da década de 1990 do selo, como Books of Magic, Moonshadow e Lucifer. O clima de mistério se articula com narrativas independentes umas das outras. As publicações randômicas das micro-narrativas de cada um dos sete cavaleiros vai fazendo sentido aos poucos, quando uns exercem influências, trafegam pelos universos dos outros, os chamados pontos de contato entre histórias. A arte é linda e me traz muita alegria.

O Carlos Antunes, no seu blog, falou algo interessante quanto ao estilo narrativo de Os Sete Soldados da Vitória:

Claro que se pode ler somente estes quatro livros sem haver expectativa que daqui a algum tempo haja uma continuação relativa às suas personagens já que a excelência do trabalho de Grant Morrison promove novas formas de narrar histórias bem imaginadas, repletas de traços novos e que vão retomando o que de melhor e mais maduro a banda desenhada americana proporcionou desde meados da década de 1980. Tudo isto para terminar numa reinvenção da própria arte de contar uma história como banda desenhada, uma reinvenção das possibilidades de traçar o que está na página e de jogar com a imagem e o texto sugerindo novos códigos, alguns deles remetendo para outros meios de expressão que se aglutinam com as características da própria história sem causarem quebras na forma de conjunto do trabalho“.

E por mais que seja um produto já meio difícil de se encontrar, até mesmo para sebos e comic shops, a procura vale. O tom e o subtexto das idéias de Morrison, os heróis e os vilões (e dentre esses vilões, Sheeda e Neh-Buh-Loh) se ligam com toda a cronologia do Universo DC. É uma alternativa para quem deseja percorrer outro auge dos super heróis do selo.

Sociedade da Justiça da América

Posted in Quadrinhos by cafebeatnik on outubro 25, 2010

Uma ótima surpresa e coincidência foi a Comix 2010, em São Paulo, feira de quadrinhos com preços amigáveis e edições fora das prateleiras. Esta aconteceu no final de semana passado, nos dias 15, 16 e 17 deste mês de agosto.

Dentre os inúmeros achados, encontrei uma edição da Panini que faltava e era peça chave para a minha coleção da Liga da Justiça: o número 74, no caso. Assim pude completar um arco escrito pelo excelente roteirista Geoff Johns, O Reino do Amanhã.

Este arco de Johns é um desdobramento narrativo envolvendo personagens renovados da Sociedade da Justiça da América e que James Robinson trouxe à vida em 1999. Estes personagens se relacionam com outros do multiverso DC, como é o caso do Superman da Terra 22 e Gog – ambos são diretamente ligados aos fatos narrados em Reino do Amanhã, já de Alex Ross. Há um misto bacana de acontecimentos envolvendo deuses antigos, sonhos, realidades, tensões de poder e sacrifícios.

Em todo caso, além da ótima narrativa, o que me prendeu a atenção foi o clima nostálgico, mas atualizado, do arco, fazendo uso de uma certa atmosfera própria de quadrinhos da Era de Ouro.

Não sei quanto aos admiradores da Liga da Justiça, mas meu maior prazer com o mix da Panini vem graças aos desdobramentos dos eventos envolvendo os personagens da Sociedade, os quais já me são tão queridos: Starman IV, Tempestade, Stargirl, o Flash Jay Garrick, o Lanterna Verde Allan Scott, Cidadão Gládio, Esmaga Átomo, Poderosa, Homem-hora, Sr. Incrível II, Sandman, Dr. Meia Noite II, Liberty Belle, Superman da Terra 22, Pantera, Detonador, entre outros.

A Sociedade da Justiça da América, com suas impressionantes capas do Alex Ross (grande desenhista para o mundo das HQs), sempre me traz associações,no bom sentido, com outros títulos que gosto muito, como Astro City e Planetary. Um pouco de saudosismo permanece cada vez que leio ou releio alguma das suas narrativas.

A propósito, sou só eu que acho o Johns excelente? Sua colaboração com o título do Superman é também muito bem estruturada.

Anakin versus Cade Skywalker

Posted in Cinema, Quadrinhos by cafebeatnik on julho 14, 2010

Retomando a proposta Star Wars, um pequeno texto tratando do lado negro da força e da ordem Jedi para alguns personagens. Mais especificamente, alguns pontos acerca das naturezas distintas, em vários aspectos, e semelhantes, em outros, de Anakin Skywalker e Cade Skywalker.

Eu sempre fiquei me perguntando sobre a redenção de Anakin, já transformado em Darth Vader, quando seu filho, Luke, consegue lhe tocar sentimentalmente no filme O Retorno do Jedi. Parece aceitável para muitos, mas, se olharmos o passado de Anakin, veremos que não seria tão simples assim. Anakin conseguiu odiar Obi Wan Kenobi, matou crianças Jedi e foi influenciado pelo imperador Palpatine com estratégias de poder. Eu, por outro lado, consideraria a premissa de Darth Vader matar o Imperador no final do Episódio VI para se transformar no novo chefe da galáxia. É uma teoria de continuidade, só para deixar claro.

De todo modo, Darth Vader cede à força e se arrepende, após o embate final com seu filho Luke. Enfim, é uma questão de argumentar se seria o esperável, muito mais do que perceber a lógica de conclusão do roteiro. Para mim, Darth Vader não teria cedido a Luke e instauraria uma nova fase no Império, ainda mais sabendo que ele é um vilão cruel e sem perspectivas de salvação.

Cade Skywalker, descendente de Anakin e filho de Kol Skywalker, 100 anos depois do restabelecimento da República, se encontra em uma situação envolvendo o lado negro da força muito mais complexa: após presenciar a morte de seu pai no planeta Ossus, Cade se revolta contra sua natureza Jedi, a renega, vira um caçador de recompensas até vários acontecimentos o colocarem em frente a seu grande inimigo, Darth Krait. Estes o fazem repensar, sob uma ótica distorcida e não mais samaritana, suas ações como um protetor da paz: certas guerras não podem ser vencidas pelos métodos mais justos. Isso é muito profundo, não?

Para muito além da dicotomia bem e mal, Cade é um personagem contraditório, com defeitos os quais não o fazem se aproximar do lado negro, mas o colocam num patamar de complexidade, onde mocinho e vilão não podem ser divididos por características tão  visíveis.

Eu gosto de pensar na renovação da série com o selo Legacy, o qual traz dimensões outras para o universo de George Lucas, sem esquecer do passado e dos personagens icônicos, potencializando as possibilidades de uma narrativa massificada.

Star Wars em Quadrinhos

Posted in Cinema, Quadrinhos by cafebeatnik on julho 13, 2010

Todo mês eu tenho o hábito de comprar as publicações da série Star Wars em quadrinhos, principalmente através da On Line Editora. Olha que desde a finada publicação da Ediouro, eu não concebia a possibilidade de retorno dos títulos da Dark Horse por aqui, o que não foi o caso.

Com a chegada de mais dois novos encadernados com arcos fechados da franquia – Legacy e Rebellion, após a publicação anterior dos primeiros arcos de Dark Times e Knights of the Old Republic –, fora a edição mensal com quatro títulos combinados, cuja estréia de Invasion finalmente ocorreu, há muito material disponível e desdobrado do universo de Star Wars nas bancas de revistas.

Eu considero interessante acompanhar a saga em quadrinhos, como todo interessado em sci-fi, pois os títulos do universo expandido não se fazem menores em relação à série de filmes. Personagens ganham mais contornos, surgem, protagonizam, como no caso de Zayne Carrick, Cade Skywalker, Deena Shawn etc., além da criação de narrativas paralelas, pré ou pós trilogias, as quais permitem mais situações e detalhes.

As narrativas de Knights of the Old Republic, por exemplo, se situam durante os conflitos mandalorianos. Invasion, com os Yuuzhan Vong criando problemas para a nova república e permitindo a chegada dos Sith ao poder galáctico novamente. Legacy com novos conflitos entre Jedi e Sith.

De todo modo, esses comentários são para abrir um novo foco neste blog: debates e maiores divagações sobre o universo de Star Wars, já que sou uma vítima, digamos, da franquia de George Lucas.

Superman 91

Posted in Quadrinhos by cafebeatnik on junho 26, 2010

Momento nerd power, mas não tinha como evitar: as novas edições de Superman pela Panini no Brasil são muito legais. E muitos podem dizer que a DC foi melhor antes, que a Marvel é a dona do mercado. Cada um no seu quadrado, certo?

A DC me traz uma atmosfera mais adolescente, diferentemente da Marvel. Suas séries, comandadas por Geoff Johns e James Robinson, entre outros, estão excitantes para mim como foram outrora. Sci-fi total e graficamente lindas. A edição 91 do Superman, por exemplo, traz três ótimas narrativas que atualizam minha vontade de ler quadrinhos de super heróis. Dou destaque para Origem Secreta, Superman: Secret Files e The New Krypton.

Lanterna Verde, por exemplo, irá começar agora em julho a saga A Noite mais Densa, com todos os eventos levantados pelo Johns. Batman, em igual medida, renova seu fôlego com a Batalha pelo Capuz.

Um espaço, também, é necessário para comentar a revista Vertigo, a qual está em sua edição 07 e continua com a linha de quadrinhos adultos e sombrios. Este volume agrega alguns dos títulos que primeiro me fizeram criar interesse por este universo de narrativas. Meus destaques, atualmente, vão para Neverwhere, House of Mystery e Northlanders.

Por fim, deixo aqui marcado meu interesse pela qualidade editorial dos encadernados em capa dura que saíram no mercado: Global Frequency 1, Transmetropolitan 1, Preacher 7, DMZ 1.

Vida nerd é complicada.